Leio milhares de blogues por dia. Faço por me passear, almoçar e cruzar com a contínua torrente citadina de pessoas, caras e rostos. Vejo e crio emails todos os dias. Quase todos. Tudo por mim e para mim. E também talvez porque, lá no fundo, tenho a secreta esperança de que estejas algures por lá. Algures perto de mim. E sem querer, te abalroe.
Há um mar de água azul à minha volta. E velejo de velas feitas ao vento neste oceano, de nome desconhecido. Nos mapas encontro os portos e as enseadas, nos radares as tempestades e os piratas. Páro e reabasteço. Páro e morro. Ao entardecer, converso com o sol posto e pergunto-lhe por ti. O vento me leva ao encontro de novos sítios, novas ondas. Um dia os binóculos gritarão a tua bandeira, e sem aviso estarei perto de ti. E quem sabe? Talvez, sem querer, te abalroe.