21 março 2009

O caminho era suposto ser longo. A espera, as paragens à beira estrada, o suave murmurar do começo de viagem. E, no entanto, olhando o mapa, vejo que estou a meio caminho do fim, sem ter viajado… sem me ter mexido. Onde passei o sinal?, onde omiti a curva?, onde descruzei o destino?...

E tu estás aqui, mas de malas prontas. Tal como sempre esperei, partilhamos o caminho. Tal como combinei, encontrei-te por acaso. E, por ironia, coincidência, ou simplesmente porque não há qualquer razão, a tua próxima cidade não é a minha. A tua viagem exige que eu não seja companhia.

E eu sorrio enquanto me despeço desejando felicidades e até a próxima. Sabendo que não terei nenhuma das três.