27 dezembro 2008

Meu amor,

Às vezes tenho pesadelos contigo. Apareces e dizes que me amas. Beijas-me realmente nos meus verdadeiros lábios e sinto o teu corpo a abraçar o meu. E descubro o pesadelo quando por fim acordo… só.

Para sempre nós,

20 dezembro 2008

Meu amor,

Sabes... às vezes queria correr atrás de ti outra vez. Como se eu fosse um romântico incurável, tu o amor da minha vida, e nós o verdadeiro romance - sem editora, sem caneta, sem título. Queria sonhar. Fingir sentir. Algumas vezes, até queria sentir.

Os "se"'s nunca me atormentaram. Nem os possíveis. Ou as oportunidades perdidas. Quem arrasta sonoras correntes em tectos de madeira nos meus pesadelos és apenas tu. Quererias ser essa história de amor? E não querendo, acabarias por encarnar a personagem? Tomarias por tua a minha persistência?

Lembro-me de tudo o que partilhaste dizendo-me que nunca antes. Lembro-me de ser único. Lembro-me de te olhar e ver-te mesmo. Como és. Lembro-me de hesitar e de achar que podia estar enganado. Lembro-me de me mandares embora. Lembro-me de não te crer. Lembro-me de partir.

Quererias ser procurada? Quererias ser amada?

Os beijos. O suor. As lágrimas. Também me lembro disso. E os prazeres. Os murmúrios. As palavras mal desenhadas ao ouvido. Isso também. Mas não me lembro de saber que era para sempre. Não me lembro do ferrete me queimar a pele. Mas ainda assim, às vezes ele está cá.

Para sempre nós,