A pequena metrópole conspira para nos cruzar, porque na imensidão das avenidas tu és a lua cheia de um céu nocturno e estrelado. E foi assim que te encontrei ontem, única que és. Ficaste na estação quando apanhei o comboio. O teu cabelo liso e escuro de menina. Poucas estações à frente deixaste a carruagem a sós, mas não olhaste para trás. E voltaste a entrar um par de estações depois. Desta vez sentaste-te bem à minha frente e pude ver que não eras tu...
No regresso vi-te de novo. Loira e a fumar. Tu que nunca fumaste. Estavas à minha frente. E voltei a ver-te no metro, adormecida. E de repente acordaste já uma senhora... E tantas vezes me cruzei hoje contigo no aeroporto. E de cada vez que procurava os teus olhos, descobria que estavam vazios, porque não tinham a tua alma.
No regresso vi-te de novo. Loira e a fumar. Tu que nunca fumaste. Estavas à minha frente. E voltei a ver-te no metro, adormecida. E de repente acordaste já uma senhora... E tantas vezes me cruzei hoje contigo no aeroporto. E de cada vez que procurava os teus olhos, descobria que estavam vazios, porque não tinham a tua alma.