Os poetas falam do encantamento e da beleza. Lanches debaixo de árvores frutadas de profundos sentimentos. A prosa narra enredos difíceis, obstáculos inultrapassáveis conquistados pelo romance e pela pureza do amor. As enciclopédias remetem-se à fleumática factualidade. Os moços conversam sobre corpos, raras vezes emoções; elas discutem corpos e emoções.
Foi assim que, sem advertência, descobri o especial sabor de uma refeição a dois. De partilhar aquele momento em que nos construímos, no sentido mais denotativo. Esta doce surpresa que tenho repetido sempre que nas horas sacralizadas me junto a ti, para partilhar tempo e comida: amor em garfadas bem acompanhadas. É estranhamento difícil de explicar e perceber, esta harmonia que nos une quando nos separa uma mesa. Um ritmo que se acompanha, palavras que se trocam, olhares reflectidos entre doces e amargos, temperos e bebidas. Na verdade, não sei de onde nasce. O amor também é feito do que não se explica.
Foi assim que, sem advertência, descobri o especial sabor de uma refeição a dois. De partilhar aquele momento em que nos construímos, no sentido mais denotativo. Esta doce surpresa que tenho repetido sempre que nas horas sacralizadas me junto a ti, para partilhar tempo e comida: amor em garfadas bem acompanhadas. É estranhamento difícil de explicar e perceber, esta harmonia que nos une quando nos separa uma mesa. Um ritmo que se acompanha, palavras que se trocam, olhares reflectidos entre doces e amargos, temperos e bebidas. Na verdade, não sei de onde nasce. O amor também é feito do que não se explica.