Era amarela Verão. Leve... quase voava, deslizava, em ti. Tinha flores cor de rosa. Ou vermelhas. Ou azuis... nem sei se eram flores. Cavado atrás. Tinha as tuas costas doces atrás. E um decote aberto, livre, tão inapropriado para trabalhar naquele escritório. Tão sonhador, aquele vestido.
Chamaste-me para que eu entrasse. Passaste à frente, ficaste para trás. Reunimos na mesa grande, da sala luxuosa. E o teu chefe falou, falou... vertia palavras como se fosse uma campainha encravada triiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim... E eu olhava para ti. Um rosto ausente. Os braços perdidos naquele ambiente. O peito desconfiando-me. E ele continuava... e ao longe ouvi que eras tão nova, ainda com o curso por acabar. No teu vestido amarelo.
Sim, ainda me lembro o que vestias quando te conheci.